sábado, abril 24, 2010

As amigas têm sido minhas melhores namoradas.
É bom que são várias e tão diferentes que se eu me canso de uma tem a outra e se gosto tanto disso numa, amo muito aquilo na outra.
Se a gente pudesse ter assim, vários namorados, e que eles se complementassem! Um é incrível nisso e chato naquilo, o outro, ao contrário. E o outro, tem tudo isso, mas não tem aquilo. E aquele outro, às vezes me canso dele, mas ele também é genial em alguma coisa. Não seria mais simples?
Mas aí não pode.
Tem que escolher um e ir até o fim com ele. Tem que esgotar, cansar, saturar, brigar, amar, querer, enjoar, grudar, viver, sugar tudo de apenas um.
E depois a relação fica esturricada.
Já tentou de todos os jeitos.
Já conhece acordando, dormindo, comendo, tomando banho, de mau humor, bêbado, feliz, num ótimo dia, com trabalho, sem trabalho, na rua, no campo, na fazenda, na praia, de roupa, sem roupa, de sunga, de cueca, de regata, de manga comprida, no carro, num barco, no café e na janta.
Não resta mistério, suspense e nem segredo.
Se não fosse apenas um, e de cada um se conhecesse só até um ponto, nunca além, nunca ultrapassando o limite do saudável, seria possível?
O problema é que podem virar várias relações ultra superficiais e nunca nenhuma nos deixaria marcas profundas.
Gosto das marcas que as pessoas importantes deixam na gente. Na alma da gente. É pra sempre.
É. Melhor deixar pras amigas este incrível papel das minhas inúmeras namoradas.

2 comentários:

Lugano Deniro disse...

li entero

sofia botelho disse...

o texto ou o blog?