essa noite foi estranha.
cavalo e criança afundaram em um pântano
depois, eu os via petrificados no chão, tipo fóssil.
Eu sentia culpa, a pior das culpas
chorava esperneava
Mostrava pra minha família o que eu tinha feito, me retratava.
quem mais ligava era a minha tia elisa, que também chorava. o resto achava triste, mas logo esquecia.
acordei com os olhos inchados.
sexta-feira, outubro 31, 2014
terça-feira, fevereiro 25, 2014
poema ela outra
eu fumo
a outra também
até os 30, diz ela
vai saber
ela sabe que não para quando quiser
a outra tem vontade de ser a todo instante
e garante
é bem melhor assim
mas não há intensidade que se mantenha
e precisa sossegar
aí sossega e chora, ela, a mesma
a outra não vem sempre visitar
ela sente saudades da outra
mas não chama,
não precisa chamar
porque a outra vem sem avisar
dá um rolê pelos palcos
pelos blocos
pelas ruas da madrugada paulista
se disfarça de sei lá o quê (deve ser de ela mesma)
pra poder então enfim,
ser.
dois.
Cherry dorme. Eu o amo. Somos parceiros de espírito e carne, de casa e trabalho, de gosto e de criação, de cama, lençol, quarto, comida, chuveiro, privada, louça, conta, viagem, festa, almoço, janela. Somos parceiros de tudo o que existe. Louco. Foda.
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