segunda-feira, janeiro 10, 2011

trovoada

assim,

o tempo passa

e isso apavora.

mas o tempo também é remédio santo

pra esquecer
ou relembrar

pra perder
reencontrar

pra costurar ferida aberta ou pra dar nó na memória: nada melhor que o tempo

esse caminhãozão que não para jamé

ontem a noite me olhei no espelho do banheiro e senti arrepio na alma de medo do tempo. me vi nova mas me pensei velha. me pensei no fim da vida. me pensei morta. e caiu lágrima do olho e doeu a cabeça de pensar que nessa vida a gente morre e não tem jeito não tem remédio que evite. morre e pronto.

e depois fugi do espelho com medo dos pensamentos que me atingiram feito relâmpago.

cabuuum