sexta-feira, maio 14, 2010

E que o meu amor viria à cavalo, rompendo o cimento das calçadas históricas, os discursos super-reproduzidos, as imagens sobre-produzidas e tudo o que é feito de sal. Que viria para me adoçar e me colorir, sendo la dolce vita na Salina Del Hombre Muerto.
Que reconstituiria meus óvulos perdidos este mês e que me devolveria todos aqueles que me disseram tchau. Que me tiraria o teto e me daria o chão.
Este amor-gente-sonho-desejo-ilusão que me apagaria do meu passado e me imporia outro presente. Pessoa feita de nada, de palavra inventada e cara fotografada. Tudo eu de novo e ainda, com fome, com medo e sem sono. Monte de paixão intacta e amor compartilhado. Broto de promessa adiada, de digestão regorgitada. De processo, processo, processo.

Recai novamente meu corpo e, assim, ninguém pelo caminho consegue passar.

Por Joana Elkis, amada amiga,
sensível, forte, foda.

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