Tranço pernas e meios-fios na madrugada eterna de não clarear dia e nuvem.
Meia fina, seios firmes, boca rasgada. A fumaça lhe escorrendo pelos dedos; sangra. Lisos pêlos de tigresa e língua áspera, madura.
Traço linhas tênues joelhos afora e risos de boca entreaberta (entre a dor e a delícia) me censuram, sem mais.
Nunca quis tanto as suas mãos tateando o intangível, o incansável.
Queria aprender a amar apenas com os olhos.
Passa um homem alto alto (desses que não choram) pedalando as solas no asfalto duro de roer; cumprimenta o gari entretido, que sem notá-lo avança no seu serviço enroscado.
Olha a voz que me resta.
Desfecho-me.
domingo, julho 30, 2006
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Um comentário:
Ah, deixa em paz meu coração...
O copo se enche...
as veias pulsam suas cavalgadas...
Teus textos de se consumir. de corroer aos pouquinhos. Até a gota d'água.
Saudade...
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