sábado, julho 29, 2006

Estou
Sem
Estado

De quatro

De

L
A
D
O

De lado de lá

De pedras e caminhos de folhas
Temperadas
Tropicais

Lugar-comum, qualquer-lugar
Bem-te-vi que bem-me-quer
Ossos do ofício casto
Rastro de inocentes pardais
De pegadas que apagam-se
Esparsas
Ofício duro de cantar e roer e cantar
Trocar singelos pius e arrepiar-se ao sabor do vento do outono que avança e liberta as folhas-mortas.
São leves, essas.
Leves, pousam.
Pousam e piam e cantam e compactuam com o solo fresco que as recebe e se deixa envolver.
É bonita a dança entre a folha, o solo e o vento.
Me envolvo e me deixo arrastar quando acorda o verão.

3 comentários:

marcio castro disse...

poesia do sereno, da crueza da ação bela do inverno. que perdure o tempo que tiver. e que o tempo amplie sua poesia.

Cristiano Gouveia disse...

É tempo do encontro ao que não se vê. E eu sei que parece o que não se diz.

Cristiano Gouveia disse...

E só agora que reparei que a foto do Márcio para comentários é plágio da minha...hahuhahuha