domingo, junho 13, 2010

perdi alguma coisa que ligava eu ao mundo. to de observadora nessa história. e observadora não tem graça alguma. legal é ser do time dos que fazem. não dos que assitem. preciso reconectar uns cabos, azeitar uns parafusos, focar. to vivendo louca alucinada fuma bebe fuma bebe fuma bebe bota pra dentro bota pra dentro bota pra dentro. to precisando é botar pra fora. rasgar essa carcaçona. deixar sair o alien lá de dentro, cheio de gosma, com aquela boca faminta de alien recém nascido. com fome de mundo, fome de tudo. to com fome de tudo. e não sacia não sacia nunca nunca. o quê vem pra matar minha fome de coisa maior do que comida cigarro bebida? minha fome é grande, de criar, de explodir a carcaçona, de dançar livre, de mostrar tripa peito do avesso, minha fome de leoa, minha fome de mulher sufocada agonizante respiração presa. quem virá me libertar? e se não vier, se essa história é toda uma grande farsa, não vou esperar coisa nenhuma. vou fazer por mim mesma. eu to com o microfone e tá tudo no meu nome.

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