sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Momento maluco de se viver. Não compreendo ainda, alucinada e perdida, cheia saturada de informação. Meu corpo, o que tenho feito do meu corpo? Intoxicado. No meio do tornado não dá pra ter visão de fora de porra nenhuma. Me vejo cambaleando, indo, indo, indo. Deixando levar, me levarem, me perderem. Tomar as rédeas e amarrar o burro sempre foram os meus desafios, já dizia Estelamare. Mas é disso que estou precisando? Frear ou acelerar? Ir ou ficar? Ser ou não ser? O que ser? Quem, dentre as tantas que posso escolher? Qual dessas aí misturadas de pernas pro ar, quem dessas melhor representa o meu papel? Qual é o papel que me cabe aqui e agora? Porque já não me iludo: eu mesma sou muitas, mesmo. Não há sol a sós. S.O.S. Mando mensagens que confundem o Destino. Me perco no caminho encontrando outros pedaços de mim que eu ainda não conhecia. Quem sabe um dia não completo este quebra-cabeças? Sou um monstro de mil cabeças. Sou Medusa dos cabelos de serpente. So fi a. O nome faz eco na cabeça, ressoa no pulmão, tropeça, cai, levanta, sai. Preciso ficar só. Preciso de mim agora mais do que nunca.

Um comentário:

Naiara Lambert disse...

você consegue prosear o que sinto, senti ou sentirei
taí prosear é mais uma das milhões que somos.
ao mesmo tempo ou
só, separado. junto, simultâneo

muito bom muito bom,
no fim era isso, e só isso
muito bom!

ah, faz algum tempo q eu coloquei seu blog no meu http://pungentepulsante.blogspot.com/
beijo
naiara