quinta-feira, janeiro 07, 2010

Do caderno III

Natal, R.N.
17 de dezembro de 2009

De volta à Natal.
Terça fomos viajar para Jardim do Seridó, sertão, interior do R.N.
Estrada de paisagem que eu nunca tinha visto igual. O sertão é seco, marrom, mas também é cheio de verde, árvores grandes e verdes misturadas com a Caatinga esturricada e marrom. E no meio do nada surgem açudes lindos, quase como miragens no meio de tanta secura. Água no sertão! Jamais imaginei uma coisa dessas... Segundo o motorista da van, seu Didi, a terra do sertão é fértil demais, cai uma gotinha de água e já vem logo um verdinho nascendo. Lindo, isso. E montanhas lindas, pedras cheias de formas, tudo me fascinando, me hipnotizando na viagem de van rumo ao mais absoluto desconhecido, rumo ao interior, ao tão ser da Terra.
Passamos dentro de muitas cidadezinhas, lindas, de casas pequenas e bonitas, as famílias sentadas na calçada tentando fugir do calor absurdo que assola o sertão, conversando, num tempo outro, vivendo simplesmente.

Em Jardim do Seridó, jantamos galinha caipira, carne de sol, arroz de leite, preá (!), paçoca, bife de fígado, farofa, UFA! Uma verdadeira orgia gastronômica no Restaurante do Seu José Diniz. Maravilhoso. Não preciso nem dizer que TODOS os seres que aparecem nestes caminhos são incríveis. Corações e almas e simpatias ambulantes!

No dia seguinte gravamos e viajamos para mais longe: Pau dos Ferros, que só pelo nome, já se percebe que nesta cidade não existe nada, a não ser CALOR. PAU DOS FERROS. Muito calor, lugar estranho, cidade feia. É uma das maiores cidades do sertão e parece uma imensa periferia de São Paulo.

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