quarta-feira, setembro 14, 2011

cala a boca bárbara

debaixo da terra é silêncio

debaixo da pele é silêncio

debaixo da água é silêncio

no mergulho dos sonhos é silêncio





ali - entre a quietude e alguns sussurros
o grito abafado no sonho - e eu mordendo o travesseiro.

no som truncado do silêncio
o pesadelo e a queda ancestral

ali, onde adão e eva
ali pecado
ali não




bem ali.

Um comentário:

Tadeu Renato disse...

Líndíssimo poema...debaixo da pele é silêncio..que imagem incrível...