sexta-feira, fevereiro 04, 2011

espremida

o que me trouxe para esta tela em branco virtual as 3 e 40 da manhã foi um pensamento que me tomou no curto trajeto entre o estacionamento e a minha casa. pensei assim:
se o meu carro, neste momento, representasse algo maior e mais representativo meu - tipo a minha alma - hoje, seria algo beirando (ou mergulhando) o desastroso. Se meu carro representasse algo como o quadro do Dorian Gray que vai envelhecendo e apodrecendo de acordo com tudo de ruim que ele faz na vida, enquanto ele não envelhece jamais.
Resumindo todo esse aparente nonsense:
há oito meses não lavo o meu carro
há dois a capinha do espelhinho caiu
há muitos há batidas em toda a sua volta
e por último:
ontem fui espremida num engavetamento e meu carro está mais amassado que nunca

toda essa situação não pode ser encarada como um simples acaso, uma mera coincidência. isso quer dizer algo.
mostra como (não) cuido do que é meu. como não valorizo. não preservo. não amo.

tudo isso me deixou um pouco preocupada com meu modo de viver esta vida.

Um comentário:

Cristiano Gouveia disse...

isso tudo às 3 e 40 da madruga...

Tudo é reflexo de tudo, né?

A gente é Dorian e espelho da bruxa da branca de neve...