terça-feira, junho 17, 2008

bomba

Quero me bombardear de algo maior que rua concreto cidadão bem comportado dentro das leis. Quero multas. Mulas de carga. Salada. Roleta russa. Iugoslávia.
Quero escrever ser poder entender o invisível. Escrever cafonice. Ser-me inteira cafona. Sem medo de ser. Sem medo de ser. Sem me perder. Saber o rumo. O caminho de volta pra casa. De noite, me largo, me descalço, me descabelo. De dia sei ler as normas de segurança. Acendo. Aprendo. Abaixo cabeça e ouvido se perde dentro de mim. Quero estar presente. dentro e fora. Quero amor amor, comer amor, me fartar de amor de amor. Carne morta de amor vivo, pulsa, sua, toca sinos o amor. Confunde a visão dispersa na cidade labirinto. Encontra foco. VÊ. Heiner Muller está entre nós, eu sou um pouco de Heiner Muller com Sérgio Malandro. Cifras. Células. Mega bytes. HPs. Hxs. O humano está em extinção dentro de nós. Sou meio gente meio cidade. A cidade me atravessa, me reparte, invade meu cerne de sangue e transforma em CO2 cada fio de meus cabelos. Vou me transgenizando. Higienização do Homem é expulsá-lo de dentro de si. Entendeu? Tanto faz se entendem o que escrevo. Tanto faz. Hoje tudo tanto faz.

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