domingo, novembro 28, 2010
San Giuliano Terme
Que hoje conheci a cidade do meu tataravo, perdida entre Pisa e Lucca, a linda e picolina San Giuliano Terme. Debaixo de uma chuva incessante, insistente, jogamos um pedaço recolhido de seu tumulo no Cemiterio do Araça, em Sao paulo, no rio de San Giuliano terme. Trouxemos de volta à cidade natal de Luigi Carlo Carli, um pedaço dele, que morreu no Brasil aos 40 e poucos anos, com um estilhaço de granada na revoluçao de 32, em frente a seu açougue. Tarde chuvosa e fria de encontro com meus antepassados. De agradecer, porque è s'o por causa deles que estou aqui. Grazie mile, Luigi!
terça-feira, novembro 23, 2010
Procura-se:
Mulher
elétrica mansa, 24.
microondas neuronios
pane no fio de cabelo
VOLTAGEM 110 / fumante
a prova d'água
nao solúvel, solucionável
produto frágil: entorna.
Procura homem
forninho elétrico usado sujo de gordura, raspas de queijo gratinado, de bandeja.
de lambuzar.
migalhas de bolacha cream craker murcha no fundo do armário
com prazo de validade vencida - iogurte semi aberto na geladeira
pago bem, cubro qualquer oferta.
call
me
domingo, novembro 14, 2010
sábado, novembro 06, 2010
La mére

Há um oceano entre eu e meu mundo
Há um oceano entre eu e o meu amor
Há um maldito oceano entre eu e o tempo
Há um puto de um oceano entre eu e aquilo que sobrou de mim
Há um puta de um marzao
Há um oceano infinito
Há um tempo que nao acaba, tanta água, lonjura áspera, cava caixa de memória, revira osso, tumba, turbilhao.
Nada, rema, navega, bóia.
Corre, naufraga, respira, recomeça.
Espera. Espera. Passa.
Arde - assopra. Seca - molha. Toma. Come. Come. Come chocolates, minha filha. Pinica, coça, retorce. Chuva ácida, vento frio, rua, castelo, igreja, ingles. Bratislava Cracóvia. Polonia triste, em preto e branco. Auschwitz tanta dor. Bratislava pobre, barata, cidadinha zero a esquerda.
Noite de sonhos fortes no trem. Noite na caminha dura do trem, o som dos trilhos, som de ferro, sonhos de estrada, de idas e voltas e idas de novo.
E nunca nunca nunca nunca nunca nunca nunca nunca nunca nunca nunca nunca chega. Essa é a graça, agora. Está no ir.
E para de pensar, para de querer, para de doer. Para de reclamar.
...
Tanto mar tanto mar
Sei também como é preciso, pá, navegar, navegar...
Canta primavera, pá!
Cá estou carente
Manda novamente algum cheirinho de alecrim
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