sábado, novembro 06, 2010
La mére
Há um oceano entre eu e meu mundo
Há um oceano entre eu e o meu amor
Há um maldito oceano entre eu e o tempo
Há um puto de um oceano entre eu e aquilo que sobrou de mim
Há um puta de um marzao
Há um oceano infinito
Há um tempo que nao acaba, tanta água, lonjura áspera, cava caixa de memória, revira osso, tumba, turbilhao.
Nada, rema, navega, bóia.
Corre, naufraga, respira, recomeça.
Espera. Espera. Passa.
Arde - assopra. Seca - molha. Toma. Come. Come. Come chocolates, minha filha. Pinica, coça, retorce. Chuva ácida, vento frio, rua, castelo, igreja, ingles. Bratislava Cracóvia. Polonia triste, em preto e branco. Auschwitz tanta dor. Bratislava pobre, barata, cidadinha zero a esquerda.
Noite de sonhos fortes no trem. Noite na caminha dura do trem, o som dos trilhos, som de ferro, sonhos de estrada, de idas e voltas e idas de novo.
E nunca nunca nunca nunca nunca nunca nunca nunca nunca nunca nunca nunca chega. Essa é a graça, agora. Está no ir.
E para de pensar, para de querer, para de doer. Para de reclamar.
...
Tanto mar tanto mar
Sei também como é preciso, pá, navegar, navegar...
Canta primavera, pá!
Cá estou carente
Manda novamente algum cheirinho de alecrim
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário