estou eu aqui
dia se desfazendo na minha frente
eu envelhecendo
o tempo
e o tempo
os meus avós
ontem
sinto eu secando
atrofiando
preciso atuar agir criar
to parada
to só das noitadas vazias
falta a arte
ela
plena
nos tirando daqui e levando pra passear
(tava ficando cega e acendi a luz
ufa)
preciso ler me alimentar botar pra fora quebrar paredes
to com a força de um leão paralisada aqui dentro
quero sair
quero tirar daqui.
preciso dançar falar gemer
espremer o músculo da imaginação botá-lo pra trabalhar
lidar com o poético sublime. subjetividade já para a minha sobrevivência!
chega de profano
chega de nhénhénhé
blábláblá
problemas insignificantes e conversas babacas
queria me propor a ficar três dias sem falar coisas babacas
queria me propor a só reagir quando fosse extremamente verdadeiro
queria me propor a não pensar em que roupa vou vestir e vestir qualquer uma que aparecer
queria me propor a ler um livro por dia
queria me propor a mudar os caminhos, as conversas, as pessoas sempre as mesmas, as músicas sempre as mesmas
sinto que esse mesmo mesmo mesmo vai acabar mesmo atrofiando o meu cérebro
um artista não pode parar nunca jamais never em hipótese alguma endurecer paralisar estagnar engessar endurecer nunca jamais
e estou meio assim acomodada por causa da viagem
mas a viagem
a viagem vai me tirar daqui me botar pra me virar revirar contorcer espremer te vira no alemão conhece gente teatro vê ouve frui tudo pela primeira vez da mesma forma quando cheguei neste mundo cão - virgem.
voltar a ser virgem
voltar a não entender nada
voltar pro estado de aprendizado profundo
viva o novo
quinta-feira, julho 08, 2010
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