domingo, abril 18, 2010

Olha só pra ela, ela não tem mais 17, não tem mais cabelo comprido, nem aparelho nos dentes, nem usa mais a saia de bolinha preta e branca. Não é mais filha. E isso já faz tempo. Mas olha só ela. É meio uma outra ela, não é não? Não sei se cresceu se engordou se amadureceu. Mas é alguma outra coisa que se aproxima mais de uma... mulher? Será? Mulher? Às vezes parece tipo um molequinho. De cabelo curto, quando não pendura brinco nas orelhas, aí confundem na rua. É? Menino? Mulher? Quem será que ela é? Será que sabe ou só intui? Encaretou? Endureceu? Ou relaxou e isso nem importa tanto mais. E depois vem. Depois deve vir. Alguma nova ainda que ninguém sabe. Não se conhece, porque só dá o ar da graça muito de vez em quando. Até lá o cabelo já cresceu, e dizem que aos trinta as mulheres se sentem muito... mulheres. Aí sim.

Veremos.
Viveremos.

Um comentário:

Paula Salvatore Condini disse...

Sim, somos estas, somos outras e muitas e, ainda assim, não sabemos ao certo. Algo não está mais no lugar de sempre, mas é uma dificuldade identificar.
Dói um pouco. é alegre e bonito também. Você é linda!