Quero me bombardear de algo maior que rua concreto cidadão bem comportado dentro das leis. Quero multas. Mulas de carga. Salada. Roleta russa. Iugoslávia.
Quero escrever ser poder entender o invisível. Escrever cafonice. Ser-me inteira cafona. Sem medo de ser. Sem medo de ser. Sem me perder. Saber o rumo. O caminho de volta pra casa. De noite, me largo, me descalço, me descabelo. De dia sei ler as normas de segurança. Acendo. Aprendo. Abaixo cabeça e ouvido se perde dentro de mim. Quero estar presente. dentro e fora. Quero amor amor, comer amor, me fartar de amor de amor. Carne morta de amor vivo, pulsa, sua, toca sinos o amor. Confunde a visão dispersa na cidade labirinto. Encontra foco. VÊ. Heiner Muller está entre nós, eu sou um pouco de Heiner Muller com Sérgio Malandro. Cifras. Células. Mega bytes. HPs. Hxs. O humano está em extinção dentro de nós. Sou meio gente meio cidade. A cidade me atravessa, me reparte, invade meu cerne de sangue e transforma em CO2 cada fio de meus cabelos. Vou me transgenizando. Higienização do Homem é expulsá-lo de dentro de si. Entendeu? Tanto faz se entendem o que escrevo. Tanto faz. Hoje tudo tanto faz.
terça-feira, junho 17, 2008
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